Na fase de como transformar seu produto em uma experiência “Uau”, supimpa, fascinante, “show de bola” é aquela que levanta aplausos, move as cadeiras, te joga pra cima, dá vontade de fazer de novo. Tem aquela que seu telefone não para de tocar, as pessoas querem falar com você, chegam pessoas de todos os cantos para saber como fez isso!
Confere esta sequência de “Como transformar seu produto” em algo show de bola.
Este é o seu momento UAW!!!, Show de bola!
Minutos antes disso, você passou por uma experiência que te deixou em um estado de imersão (concentração plena) seguido de uma euforia (UAU).
O mercado de produtos digitais está repleto de ferramentas focadas em resolver os problemas das pessoas.
Porém, poucas conseguem de fato encantar seus clientes e fazer parte da rotina deles.
Não precisar instalar nas lojas de aplicativo (app store Apple, Google, etc), sem a necessidade de baixar, ter preço acessível, ser fácil de usar, são básicos demais. Entregar uma experiência, fascinante, “UAU!!!”, vai muito além disso!
O ecossistema de serviços, a entrega de valor nos primeiros minutos de uso, a solução da causa raiz dos problemas com o mínimo de interface possível (o Design “invisível”), a relação do cliente com a marca (branding), são algumas das facetas deste desafio.
Mas o que acontece de fato, nas empresas, que não conseguem chegar a este nível de entrega?
Hipóteses baseadas em casos
Centrado no design
Focado em sanar dores que o designer imagina que os usuários passem sem efetuar qualquer tipo de estudo focado no usuário.
Centrado no produto
Focado somente nos interesses da empresa ou, no próprio interesse do gerente do produto que precisa mostrar resultados pessoais em prol da sua carreira.
Desenvolvimento centrado no desenvolvedor
Focado em soluções tecnológicas que resolvem problemas inexistentes com uma curva de aprendizagem complexa para não programadores.
Investimento centrado no investidor
Focado em crescer em número de clientes e faturamento o mais rápido possível. Fazendo com que a empresa concentre-se somente em convencer os clientes a usarem o produto, ao invés de entregar um valor interessante aos clientes, por si só. Crescer, e quando chegar lá, crescer mais.
Um produto centrado no usuário
Focado na dor de uma parcela específica de usuários que não representam a totalidade dos clientes e possuem demandas pontuais que aumentam a complexidade do produto. Também conhecido como “roadmap no grito”, onde o cliente que grita mais, vira prioridade.
Essa é boa! É daquelas pesquisas onde você remodela todo seu escopo de serviços por que 5 clientes reclamaram ou acharam “mais ou menos”.
MVP centrado no produto
Focado em diversos experimentos incompletos e com mudanças constantes de foco que impedem a entrega de um Produto Mínimo Viável (MVP). Tenha muito cuidado ao definir o produto mínimo viável de cada serviço ou produto feito para teste um (sugiro que leia mais sobre MVP, Scrun e Sprint).
MVP é sigla para o termo Minimum Viable Product, ou Produto Mínimo Viável, quando traduzido para o português. Como o próprio nome sugere, MVP se refere a uma versão mais simples de um produto apresentado ao mercado para validar a solução junto aos consumidores e usuários.
Produto ou Serviço digital “Frankenstein”
Sistema, serviço digital, produto com muitas funcionalidades que não se conectam. Não conversam entre si, normalmente acompanhado de um legado quase irreversível.
Como mudar a direção das coisas
Todo problema possui diversos pontos de vista. E todos eles se complementam para ter uma visão multidimensional do problema.
Cada área da empresa normalmente consegue colaborar com um ponto de vista diferente sob o problema. É como aquele caso de colocar 5 cegos entorno de um elefante e perguntar do que se trara.
Com uma visão mais holística (como um todo) algumas pessoas conseguem conectar estes diversos pontos de vista e criar soluções sistêmicas que equilibram os diferentes interesses (dos usuários, do design, das pessoas, dos neófitos, das partes interessadas).
Estimule e facilite dinâmicas que trazem pontos de vista diferentes e complementares para alcançar soluções mais maduras, mais adequadas.
O mais importante é ouvir e não provar quem está certo.
Forme equipes, pequenas e multidisciplinares capazes de resolver problemas de ponta a ponta. Implemente uma meta comum, entre os profissionais diversificados, para promover a sinergia entre áreas e para serem colaborativas.
A proximidade aumenta muito quando o time tem um designer, um programador, um staff, um analista de marketing, um gerente de produto…
Conectar pessoas com tarefas descritas, semelhantes, interconectadas, interagindo, possibilita o compartilhamento de boas práticas e melhoria de processos.
Propósitos internos a um grupo de “semelhantes” produzem projetos entre departamentos/times e promovem mudanças positivas. A empresa Spotify é um bom exemplo disso.
Uma bússola para começar a transformar o seu produto
Um grau na bússola hoje, pode ser quilômetros no seu negócio amanhã.
Enquanto sua empresa não existir de fato, faça a maior quantidade de testes possíveis.
Entenda profundamente a dor que pretende resolver, explore os seus benefícios, descreva ao máximo até extenuar. E somente crie uma estrutura quando provar que investindo 01 retorna 03 de lucro.
Uma dica é participar de eventos sobre criação de negócios, de empresas e de startup.
Coloque foco em solucionar um único problema por vez. Cada funcionalidade cria uma análise combinada de problemas, pode desfocar a sua equipe, e vai exigir mais investimento e manutenção.
Conheça seus bons e maus hábitos, ambos serão replicados pelo seu time de liderados e formarão a cultura da sua empresa.
Defina um propósito claro do seu negócio (core business) isso irá te ajudar a priorizar iniciativas, motivar seu time e fazer você continuar quando tudo parecer insolúvel.
Encontre pessoas capazes de promover mudanças e trazer resultado de forma autônoma é um grande desafio que você precisa superar. Você não poderá cuidar de tudo sempre.